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Relato uP3B

WEB


Construir uma teia implicou, antes de tudo, entender uma rede de relações que o grupo consolidou quando esteve conectado por esses fios de linha.

A turma se olhou e não houve qualquer incômodo em estar preso. Durante o tecer, a teacher Sandra assumiu o papel da aranha; enquanto as crianças, dos insetos. Havia também um propósito de todas as crianças entenderem o que é ser um inseto, conhecer a força desses fios e, claro, compreender o que significa presa e predador.

Curiosamente, em geral, todas gostaram muito de serem a comida da aranha, principalmente, porque, nessa atividade, as crianças foram protagonistas da vivência. Uma vez em pé, diferentemente do circle diário, elas tinham uma nova visão dos próprios amigos, compreenderam que qualquer atitude de puxar as linhas ou de afrouxá-las acarretaria consequências na WEB.

- Como Mariah, sorrindo, disse: somos a comidinha da Dona Aranha


Em seguida, a construção de uma aranha gigante, baseada na obra de Louise Bourgeois, trouxe novos desafios. Os rolos de jornal exigiam uma mão mais leve, além, claro, de ser uma superfície estreita para correr os pincéis. A cor preta despertou também uma vontade comum em pintar a própria pele. Ao tingir as mãos, Mariah disse que ela estava assustadora e poderia brincar com os amigos. Certamente, a festa Halloween também fora anunciada. Não obstante, o conceito living and non-living, já antes comentado, voltou quando Victor disse que essa aranha gigante não era real, porque ela não andava – o que permite duas boas interpretações. A primeira refere-se à percepção astuta de entender que andar é dos seres-vivos; a segunda, que essa arte não é uma cópia exata da realidade, principalmente neste caso em que o aracnídeo não se movimenta. Natureza e Arte ocupam lugares diferentes!

Gigante, essa aranha também gerou, antes de qualquer coisa, os desafios da convivência, assim como aquele bicho, criado com as bacias de alumínio. Era necessário cuidar, desviar, apreciar e entender o porquê dela ali. Em contrapartida, aquela que Gilmar fez com arames permitiu que as crianças tivessem uma experiência um pouco diferente: exploraram o seu corpo maleável ou mesmo a possibilidade de torná-la um abrigo. Embaixo, as crianças leram, fizeram as suas atividades diárias e brincaram que eram presas felizes, tentando escapar das suas predadoras!


Teachers Naná and Sandra




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