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Relato uP3 B

Água Seca


A transição da vida terrestre de Vidas Secas para a vida aquática apareceu quando as crianças foram encorajadas a derreter a argila na água. Certamente, essa experiência trouxe bastante engajamento, interesse, empenho e também um certo desconforto. Ao perguntar às crianças se, ali, havia peixes, Victor afirmou que não, porque provavelmente estivesse incomodado com a coloração e/ou textura:

- “peixe gosta de uma água mais bonitinha!”

Valentina também não acreditava e, assim, disse:

– “não tem peixinho nessa bacia, porque a água está seca”.

Ora, o paradoxo água seca é uma percepção cuidadosa sobre a coexistência dessa argila e da água, considerando que o barro não desapareceu, por isso essa cor marrom marcante ou mesmo incômoda.

Por outro lado, Antonio afirmou que havia peixes lá no fundo da bacia enquanto afundava a sua mão nos 6 centímetros de profundidade. E Thomas, narrativo e persuasivo, destacou que, quando a argila entrou na água, se transformou em peixinho que, a propósito, foram desenhados com a própria argila na parede azulejada.

Inevitável, Nicolas Amaral perguntou sobre o habitat dos tubarões, por isso, o segundo grande passo foi dissolver sal grosso em água para diferenciá-la da água doce.

As bacias foram higienizadas, preenchidas com água mineral para que as crianças a experimentassem. Felipe Serro Azul entregou-se à atividade em dissolver os grânulos de sal grosso naquela água fresca para depois prová-la e, enfim, mergulhar whale na bacia de alumínio e os outros animais marinhos, como starfish, octopus, crab, seal, dolphin and shrimp.

Curiosamente, Beatriz Aquino, preocupada com o meio-ambiente, alertou que não poderia acrescentar sal na água onde vivem os animais, porque poderia matar os peixes!

Há quem diga que essa etapa do projeto não explorou bem os animais e, sim, o lugar onde vivem. Para isso, pode-se afirmar que, ao “pesquisar” as águas, foram também mostradas fotos de típicos peixes em águas barrentas ou mesmo nas águas límpidas marinhas cujas escamas foram inspiração para pinturas cujo elemento principal se repete, assim como na nova configuração daquelas bacias de alumínio, dispostas em forma regular crescente, parcialmente similares à Metamorfose, 2010 de Marepe.

No final, a apresentação de Celacanto Provoca Maremoto (2004-2008) de Adriana Varejão a fim de mostrar uma maneira fluida e dinâmica de representação plástica da água, a qual as crianças recompuseram na parede azulejada.

uP 3B team

Naiana and Sandra.





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