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  • Foto do escritorEquipe uP

Relato uP 3B

RAW


Com a entrada da Primavera, um Roseiral cuja construção partiu de costuras com linhas e agulhas, feitas de papel crepom! O resultado, ramos e espinhos em meio às rosas que Renata Cruz Torres (uP 5) fez.

Mais integrado ao projeto Animal Kingdom, um manjericão em flor para as crianças encontrarem as marcas dos pequenos animais que comem as suas folhas. Essa atividade teve 3 etapas: a primeira, tirar as folhinhas dos galhos; a segunda, encontrar quais estavam inteiras ou corroídas e a terceira, separá-las nas bacias.

A escolha do manjericão não foi à toa! O seu perfume, a sua textura e a sua cor provocariam os sentidos das crianças e, de certo modo, justificariam a dedicação e um olhar mais cuidadoso à pesquisa dessa erva que se consistiu naquelas três etapas. De certo modo, as crianças também aprenderiam de que esses bichinhos se alimentam, as usas proporções diminutas, além de entender também um pouco melhor a constituição corporal dessas pragas, vistas nos desenhos de observação dos alunos do uP 5. Curiosamente, as antenas e pernas longas, comuns nessas representações, amenizaram a realidade feia das pragas ou mesmo dos insetos, vistos agora no livro que teacher Sandra apresentou. Em silêncio, as crianças escutaram a cigarra...

A propósito, a abelha reapareceu e, desta vez, no perfume, na cor e na textura do seu mel. O assunto pássaros também ressurgiu quando a Cecília, enfermeira da escola, trouxe ovos da sua calopsita. Engajadas, as crianças tatearam e observaram atentamente a constituição frágil das cascas, tanto que os três ovinhos se quebraram. Não houve frustração por isso, até porque, ao quebrar, as crianças estavam elaborando e os conhecendo melhor.

Curioso, Davi ainda lembrou que cobras e jacarés também botam ovos, por isso, com o livro Caatinga de João Lírio, as crianças foram às pesquisas dos répteis dessa região. A pele dos lagartos foi um ponto chave de observação, tanto que para representá-la, foram dados curativos que as exigiram desafios motores importantes: rasgar a embalagem, retirar o Band Aid, destacar os papéis para, então, colá-los. As crianças amaram essa atividade e, com tantos curativos, criou-se uma sobreposição interessante para representação de pele do réptil, delineado, mais tarde, pelos meninos do uP 5.

Desenhos e colagem concretizaram as figuras de jacarés, crocodilos e/ou lagartos, todos dependentes do olhar de quem os lê, porque a liberdade criativa, além de subsidiar a peculiaridade de cada criador, dá também possibilidades diversas de leitura. Ao olhar as figuras, é unânime chamá-las de animais e essas formas representativas de arte, diferentemente da fotografia, não têm a menor pretensão de serem cópias da realidade.

No projeto Animal Kingdom, a arte está para oferecer diversidades técnicas, para criar uma gramática e realidade muito próprias, que são fiéis à poesia, à liberdade e à graça, típicas da infância, por isso, a todas essas representações, dá-se o nome criaturas, porque criatura é igual a criação + bichos. Assim como o trabalho de Lygia Clark fora traduzido de Bicho-Maquete para Creature-Maquete, 1964.

Não obstante, estudar os animais implica também entender o que eles produzem, por isso o desenho com mel na superfície branca das claras, em neve, pesquisando as suas constituições, as suas cores, os seus cheiros e as suas texturas.


uP 3B team




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