Em linhas gerais, o projeto Animal Kingdom já começou nesses primeiros dias de retorno. No Green Park, nesta época de abacates, a visita dos pássaros na poupa riscada pelos seus biquinhos, como observado e dito por Valentina: “o passarinho veio aqui”! Além de Iolanda fazer de conta que as suas mãozinhas eram bicos comendo essa fruta. Alice e Beatriz lembraram-se bem o que é estar na natureza quando caçaram gravetos e os friccionaram para fazer uma fogueira.
Em sala, as fotografias de Sebastião Salgado em AFRICA cujo elefante fora apreciado pelas lentes desse fotógrafo ou pelo tamanho e pela textura da planta Pata de Elefante. As crianças tocaram o seu tronco, regaram-na e ainda, impressionado pelo seu tamanho, Victor disse que as folhas eram um grande guarda-chuva e que permaneceria ali por um tempo.
Houve também a atividade com os cantos dos pássaros, apreciados com os olhos vedados – uma atividade donde nasceu a questão does it ring you a bell? – a qual veio para variar um pouco o what is this? E colocar as crianças em completa sintonia ao que ouviam, desvendando o que era essa música e, assim, fazer associações diversas. Para essa atividade, palavras como bird, beak, bird song, Green Park, tree e nature, foram atreladas para que as crianças fizessem as costuras possíveis e, portanto, ampliassem as possibilidades de análise. Tratou-se de uma atividade musical/linguística, em que não bastava dizer que ouviam cantos dos pássaros; foi necessário também criar um contexto, em que outros vocábulos enriqueciam os seus textos orais. Além disso, uma vez com os olhos cobertos, as crianças estavam mais entregues aos cantos, criando um ouvido mais sensível e atento. É importante lembrar que, nas idas ao Green Park, as crianças eram convocadas a ouvir as aves, por isso o nome do parque entrou nessa atividade.
Em seguida, na pintura de Renata Cruz Torres (4 anos), o contraponto das cores e da representação inanimada, mas também expressiva, em que, pelos olhos das crianças, identifica os desenhos como aves reais. Para elas, living and non-living não são pertinentes agora, talvez porque a representação do pássaro tenha tanta força como o próprio bicho e, daí, criaram frases poéticas! Pedro Merolli disse que gosta de pássaros voando; Pedro Maitan os adora porque são macios; Theo Negrete relembrou que aprecia aqueles com asas! Nicolas Amaral perguntou se os passarinhos têm mãos; já Nicholas Eider curiosamente contou que tem um na sua cozinha, morando dentro da panela e João Amaral não falou nada, mas comparativamente permaneceu mais tempo ouvindo os cantos!
Dessa maneira, justifica-se porque, neste texto, foi mencionado que o projeto está em linhas gerais: Animal Kingdom é o macro ou é o grande desencadeador de reflexões, de ações e de pesquisas que se dividem em reparar a dimensão da planta ou o conjunto de abacates: um inteiro e dois comidos pelos pássaros (Matemática); o tocar na pele da madeira ou mesmo a raiz gigante que se assemelha a pata desse mamífero gigante (Natureza e Sociedade); até as ricas sentenças e narrativas que brotam (Linguagem). Não obstante, os dois bichos-chave desta etapa: elefante+pássaros, podem fazer analogia a relação pai e filho e imaginar os pequenos pousando na tromba do gigante, como visto no título/imagem acima.
A propósito, Feliz dias Pais!
uP 3B team
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